quarta-feira, junho 11
Dançarina
tem um quê de dançarina de lambaeróbica
da década de noventa.
roupa de chita, leve e cheia de cor.
a pele não se incomoda com o frio.
as goladas que dá no copo sustentam
a quentura das canelas nuas
e empoeiradas.
os cabelos escorrem pelos ombros
e se mexe o tempo todo
como se o dia fosse acabar.
como se a mão que roça a dela
de vez em quando
(entre aqueles
muitos homens à sua volta)
a fizesse esquecer.
como se o suor quente do corpo
disfarçasse seu sorriso triste.
falso e triste.
ao contrário dos calos na sola dos pés,
tão reais.
lêf.
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7 comentários:
Pude ver a poeira subindo.
Lindo.
^^
Deu pena da morena triste.
Ou seria uma triste morena?
Beijo do C.H.
adorei o poema. reportei-me à época tão bem retratada. e o tom melancólico marca o ritmo poético do texto.
beijo.
lindo!
Eu tava com saudade!
Poderia ser um poema musicado. Lindo!
cadencia
Harmonia
Tristeza
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