Bem que todo dia podia ser assim.
Elisa Talentinho
Especialmente hoje, quando aqui no Rio não tivemos ônibus para nos levar ao trabalho, curso, consulta, compromissos diversos, o que dá motivo de sobra para as pessoas correrem, se atrasarem, ficarem agressivas e algumas mais estúpidas que o normal, fui premiada com gentilezas de todas os lados e esferas: motoristas dando vez a pedestres, pessoas abrindo portas para outras, mais jovens cedendo lugares para mais velhos, consumidores devolvendo o troco a mais, ajuda e simpatia gratuitas e espontâneas.
As expressões mágicas "licença", "por favor" e "obrigado" saíram do manual de educação e pude presenciar a nobreza dos seus efeitos em quem cruzou o meu caminho, vestígios daquilo que todo mundo quer de volta. Justo hoje, em que a greve rodoviária infelizmente revoltou e atingiu um enorme número de cariocas, tive a sorte de ver corações do lado de fora, espalhados em algumas pessoas e voltar para casa leve. Leve e mais feliz. Às vezes um dia parece ser igual ao outro, uma sequência normal. Mas só parece.
LêF.
9 comentários:
Essas coisas são sorte mesmo, minha amiga. Poderiam ser normais, mas as pessoas tem vergonha de ser educadas.
Beijo, Julia Foz
Existe um certo saudosismo nas tuas palavras. Mas, e coloco isso como pergunta mesmo, sem caráter ilativo, será que devemos olhar para trás ou construir um novo modelo do zero? Eu sempre me pergunto isso. Porque a finalidade do que passou, em última instância, é o presente. E, definitivamente, a História não é uma roda.
O fato de nos surpreendermos com o que deveria ser a regra já diz tudo.
GK
Há sempre um dia em que nos deixamos surpreender pelo comportamento e pela generosidade dos outros. Isso é bom quando acontece.
Beijo.
Às vezes sair da rotina nos proporciona momentos únicos, não é?
Beijos,
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Três expressões mágicas para o bom convívio. Não deveríamos nos surpreender com isso, pois deveria ser algo corriqueiro/comum. Mas eu fico feliz em ler esse tipo de relato, pois ainda temos gentilezas por aí. Nem tudo está perdido. Beijinhos.
Ah, quem dera todos os dias fossem assim... São Paulo precisa disso de vez em quando.
http://esfriouocafe.blogspot.com.br/
E nos espantamos com o que devia ser regra.
É em meio à greve que o outro vê direito do próximo de reivindicar. Coloca-se em seu lugar e o nota, porque não o faz nos dias corridos, não há tempo - talvez. Mas na paralisação há tempo de sobra...
É preciso parar as vezes. Parar pra pensar.
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