Voltando pra casa hoje, com saudade da minha família, me sentia nada animada para o dia, confesso. Pedindo perdão por estar triste, sobretudo por ter tido um ano foda de bom - me sobram motivos para agradecer e comemorar, mas é que não fujo do clichê quando o assunto é "distância sempre machuca nessas datas".
Já na minha rua, o vejo sujo, com o seu carrinho de carregar bugigangas, deitado debaixo de uma árvore. Na mesma hora, mudo o meu rumo e vou ao restaurante.
Entrego um almoço quentinho para ele, que comia um pão (aparentemente velho) com maionese. Estico minha mão, me apresento, desejo um bom Natal e o agradeço com muita, muita alegria, enquanto sorria amarelo, com aquele nó na garganta que sempre fico nessas horas.
Percebi sua cara de estranheza ao meu agradecimento intenso. Não importa. Ele não sabe, mas eu sei o bem que me fez.
Seu nome é Diogo. Ele e seus olhos azuis são minha primeira felicidade do dia. Volto pra casa chorando, já de alegria. Agora sim meu natal faz sentido.
Aos Diogos que encontro nas ruas o ano todo, o meu muito obrigada, em nome de Jesus, por poder ajudar sempre que posso e devo, por poder repartir, compartilhar, por poder ser aquilo que minha família me ensinou. Sempre.
UM NATAL FELIZ E CHEIO DE AMOR A TODOS...
PORQUE ESSE É O CAMINHO.
Lê Fernands
24.12.2014
3 comentários:
Uma história de solidariedade muito comovente...
Um abraço e desejos de um ano de 2015 Melhor.
Bem típico seu. Que o teu coração seja sempre disposto e lindo.
Bem típico seu. Que o teu coração seja sempre disposto e lindo.
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