Por Amanda Borba.
Para mim. Para nós.
Lê(minski)
Gosto do seu apelido. Meu imperativo perfeito.
E posso dizer que você é, aparentemente, imperativa também, exigindo de todos uma leitura de você: Lê.
Nesse encontro onde tudo indicava um não, aconteceu um sim.
É quando o mundo tenta decidir por nós o que não pode ser decidido de fora. É quando o outro aponta um pseudofraco por fraqueza própria. O medo de ser faz a gente escolher bodes expiatórios. Aprendi a algum tempo que transferir a culpa faz crescer uma culpa muito maior por dentro. É um alívio pontual e mentiroso.
Mas você me lia. E desempenhando essa atividade tão sublime, encontrou-me sem que eu precisasse me fazer de palavras bonitas, capa dura e superficialidades. De certo, ainda estás no prefácio desse livro e espero que adentres sempre um pouco mais, nesse livro que é como um coração, não tem fim, não tem fundo.
A maneira mais real de encontrar o outro é na distração deste.
Eu me distraía em achar que qualquer esforço meu em ser bacana, agradável e qualquer coisa que desfizesse o não feito por mim era inócuo. E foi apenas sendo o que sou que consegui que você e tantos outros me lessem em conteúdo e não em aparência.
Como diria o meu guru:
Isso de querer ser
exatamente
aquilo que a gente é
ainda vai
nos levar além.
Publicado originalmente no Travessia. Nonada.
2 comentários:
Poeta que é amiga de poeta ganha da vida mais felicidade. Lindo texto, Travessia nonada ganhou mais um fã.
Isso veio lá do fundo... me parece!
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