Catherine Campbell
O amor dança comigo
no meio da sala,
no meio da sala,
enquanto abotoo a blusa
para sair de manhã.
Afasta as cadeiras
Afasta as cadeiras
e me toma com passos largos
numa valsa moderna
que já toca
que já toca
para animar o dia.
Acho engraçado e peço
passos mais curtos.
Ele diz que assim é
pedido da melodia.
pedido da melodia.
Eu tento conduzir o amor,
me aperta contra o peito e,
no balanço pra lá e pra cá,
segura meu rosto e me beija
com a boca aberta,
com a boca aberta,
que ri com gosto de café
quente e forte,
aquele que fiz bem cedinho
antes d'ele acordar.
Ainda rindo,tenta arrancar minha blusa,
"assim vou me atrasar".
O amor me rodopia,
faz graça, me amarrota,
mas não deixa o
café esfriar.
LêF.
10 comentários:
Caralho!!! Vi vcs dançando... Lindo!!!!!!
Beijos, Julia Foz
Se deixar o café esfriar, o amor esfriará também. Bonita poesia!
Apesar dos passos as vezes saírem meio tortos, ficar bem coladinho é muito delicia.
É de amor!!!
Teu Mar
Oi, LêF.! O amor é sagaz. Ele sabe o quanto é deplorável um café frio na boca. Blogueira, aproveito e convido para que leia e comente “THE SMITHS, O CONTO” em meu http://jefhcardoso.blogspot.com
escrita linda, que poesia maravilhosa. esse ar de romance, amor e afeto é uma delícia. parabéns.
dentrodabolh.blogspot.com
Que cadência maravilhosa!
A menina das metáforas... Uma dança em forma de poesia ou uma poesia em forma de dança? :P
Como consegue sair de casa ainda ?? Risos!!!
Tão gostoso quanto sexo...
Tu escreve lindamente!
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