Sabe o que faz os cães uivarem
no silêncio da madrugada?
Poemas perdidos no tempo,
esquecidos em gavetas, amassados,
com cheiro de guardados.
Escapam e se ventaniam por ruas escuras,
inspirando gatos, cachorros e soturnos,
Escapam e se ventaniam por ruas escuras,
inspirando gatos, cachorros e soturnos,
até os garis chegarem com suas vassouras
que levam gravetos, palavras, folhas, lixo e alguns
sentimentos em tiras e bolos de papel acidentais.
Lê Fernand's
7 comentários:
O poema deve
aparecer
como um objecto supérfluo
e surpreendente
- António Ramos Rosa
e o mesmo nos faz uivar também.
palavras bonitas, lê.
beijodoce
iza
Lindo!!!
Pensei nas minhas cadelas uivando a noite. São uns dengos, e devem ficar inspiradas sempre!
Uivam as palavras não ditas, o amor não correspondido, a mágoa não passada, a declaração não entregue...
Lindo Lê.
Olá, seu blog está de parabéns. A atmosfera daqui é inspiradora, e tudo é feito com esmero e dedicação. Dê uma conferida no meu depois, se quiser. Adorei este espaço, abraço!
http://madamshadow.blogspot.com.br/
Talvez eu seja um cão. Porque, invariavelmente, é à noite que eu de fato acordo e uivo, mesmo que seja em silêncio, no verso.
Fazia um tempo que não passava por aqui para me deleitar das tuas inspirações... Agora bem distante em terras distintas compreendo o uivar daqueles que não querem se perder no silencio...
Postar um comentário