Benditas Palavras Bem Ditas: Once upon a time...

sábado, março 26

Once upon a time...





pretty as a picture via deviantart




Sou do tempo em que iogurte com polpa de fruta tinha fruta, farmácia só vendia remédio e crianças brincavam na rua. Sou do tempo em que frangos cresciam naturalmente e comê-los não fazia mal. Sou do tempo em que o mundo só tremia na copa do mundo e chuva era sinônimo de vida e diversão. Sou do tempo em que ir à missa era encontrar os amigos e havia uma grande estante em casa para acomodar a coleção de lp's dos pais e não éramos dependentes de lap top's, pen drives, hd's, iphone's, ipod's, ipad's, nem computador tinha! Nossas conexões eram mais afetivas e sensoriais. Sou do tempo em que o correio não era eletrônico, quando a saudade apertava, mandávamos cartas e recebê-las era a coisa mais emocionante do mundo, de fazer chorar! Sou do tempo em que os casamentos duravam e até havia festas de bodas de ouro; Segredos eram sagrados e os filhos honravam pai e mãe. Sou do tempo em que crianças, idosos e bichos eram respeitados e padres eram como santos. Sou do tempo em que escola era uma segunda casa e música era sinônimo de coletividade, não de headphones. Sou do tempo em que lutava-se pela democracia e todos imaginavam que ela valeria para todos. Sou do tempo em que a polícia nos defendia e ninguém imaginava que o mundo pediria socorro por tanta destruição.



Fernand's






- Apague as luzes para ver um mundo melhor,
Participe da HORA DO PLANETA.
Hoje, das 20h30 às 21h30.




48 comentários:

Anônimo disse...

Ótima reflexão.
Muito boa mesmo!
Beijos meus e um bom final de semana pra ti

OceanoAzul.Sonhos disse...

Reconheço o tempo que falas.
Sem duvida, para reflectir...

Beijos
OA.S

Suzana Martins disse...

E parece que esse tempo deixou de existir. Eu sinto falta desse tempo!!!

Beijos linda!!^^

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Falar de chuva, pras bandas de cá se usa a expressão "bonito pra chover"... o calor e a seca eram tão intensos que o sertanejo via no céu cinzento de chuva algo belo, e a expressão acabou ficando... ;)

Marcelo Henrique Marques de Souza disse...

Momento de nostalgia.. só acho que os padres nunca foram santos...

Beijos

Hellen Caroline disse...

Belíssima reflexão de fato!
Beijo e uma noite linda pra ti.

Leo disse...

Eu sou desse tempo também, a era sem computador, sem celular, só amigos, cotovelos ralados e vida.

Beeijo. e desligo.

Juuh Nascimento disse...

Linda reflexão minha querida!
Nao sou desse tempo, mas sempre imagino um mundo assim, pelo menos ainda sonho.

E que saibamos apreciar somente a Lua e as estrelas nessa noite.
Bjs & abraços!

Carlos Henrique disse...

Eu tmb sou desse tempo. Sentávamos na frente de casa com a família, brincávam na rua e tínhamos uma
turma fiel, feliz. Fui para as bodas de prata da minah vó e de várias vós de amigos. Sera que com o passar do tempo o amor torna-se cada vez mais descartável, desimportante?

Saudades deu agora.
Bjs do C.H.

Anônimo disse...

- Vc tem 80,anos?

Erica Vittorazzi disse...

Também sou deste tempo. E penso que ainda dá tempo de modificar.

beijos

Unknown disse...

Matuévéia hein ô?! hahahahaha!!

Lindo teu texto.. infelizmente tudo mudou... os próprios umbigos de repente pareceram bem mais atraentes do que o belo jardim do quintal ao lado!!

Bjooo

Adri Ferreira disse...

Matuévéia hein ô?! hahahahaha!!

Lindo teu texto.. infelizmente tudo mudou... os próprios umbigos de repente pareceram bem mais atraentes do que o belo jardim do quintal ao lado!!

Bjooo

Adri Ferreira disse...

A Jéssica é minha prima e eu acabei postando com o perfil dela por engano.. não consegui apagar o comentário... =( bjoooo

Lara Mello disse...

Eu era desse tempo também, em que meninas de 12 anos amavam brincar de bonecas.. Sorte!

Andressa Tavares disse...

Pior que é verdade mesmo.
:~
mas fazer o que né?
as coisas infelizmente mudam :/

Sigo-te.
beijos

Michele Pupo disse...

Sou deste tempo e sinto falta dele.
O texto faz pensar...

Um abraço Fernand´s!

Ana SSK disse...

Tb sou desse tempo.
As vezes penso que continuo nele, mas inserida em outro mundo.

Gaúcho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gaúcho disse...

Eu sou de 67, então creio que você está falando do meu tempo, situado antes do SEU tempo. No "meu tempo" era igualmente singular. Criança não falava na mesa. Televisão, só até o Jornal Nacional. Aos domingos, no almoço, tinha Coca-Cola (um copo para cada um! Quem não comer não bebe!). Antes de ir para a escola, arrumava minha cama! Meu pai me tomava a tabuada. Castigo era ficar sem ver televisão. Alegria, era ganhar uma bola de futebol no Natal. Esse mundo não existe mais. Sou do tempo que, ao sentirmos saudades de alguém distante, escrevia-se uma carta. Contava-se os dias para que ela chegasse ao destinatário. Depois era só esperar a resposta que vinha pela mão do carteiro. Essa imagem era pura felicidade. Lia-se a carta várias vezes! Tudo isso se perdeu. A cada segundo, uma novidade nos engole, querendo ou não. Ou aceitamos, ou somos excluídos. A geração de hoje, é a geração do agora, do imediato. Nós somos os seres "do tempo em que..."

Beijos do Gaúcho.

Lê Fernands disse...

gaúcho,
eu, quando criança, achava muito engraçado minha mãe falar "na minha época...", eu me perguntava que época era essa. hoje em pego começando uma frase assim e lembro dela falando e lembro do gosto que teve minha infância, meus castigos, meus aprendizados, ralados no joelhos e cotovelos - era campeã!, do cheiro de pão com café com leite da minha vó quando eu voltava da escola, da pipoca que eu ganhava na hora da saída quando minha mãe tinha dinheiro, da ansiedade pelo natal, da liberdade que eu tinha, eu era solta, meus pais me deram o mundo.

hoje, nos meus 30 e poucos, vejo a diferença das infâncias, das importâncias... presente é dado a esmo, não há data importante nem merecimento, filhos peitam pais como se soubessem de tudo, as brincadeiras são essencialmente tecnológicas, adolescentes padecem na frente de um pc ou playstation sem o contato com relações reais e quando o têm, não sabem como se comportar...

ah, eu vou ter que incluir no texto, como eu pude me esquecer das cartas? tenho muitas guardadas na casa da minha mãe!!! era um frio na barriga quando escutava a campainha tocar - "será o carteiro?" - e quando eu escutava o barulhinho da caixa de cartas, torcia para que fosse uma pra mim... hahaha sempre hábil com papel e tesoura, fazia milhões de recortes, de madrugada, para enfeitar agendas, fazer painéis e envelopes personalizados. eu podia ter ganho um dinheiro com isso e não sabia! kkkkkkkk

escrevia muito, a mão, na máquina de escrever portátil [que é a minha paixão até hoje]... cartas, jornais de mentira, textos, diários e os guardava com carinho. sou do tempo de trocar e colecionar papel de carta e finalizar uma com um bj de baton e perfume.

nossa... muito feliz aqui em relembrar tudo isso. ainda não tenho filhos, não sei se terei biológicos, mas eu garanto que se os tiver meus princípios serão passados a eles: a emoção de ganhar um presente por merecimento, o valor de um "obrigado", "com licença", "boa tarde", "desculpe", "por gentileza". a grandeza de estar com a família, o respeito aos mais velhos e a si próprio, a SUMÁRIA IMPORTÂNCIA DA LEITURA, EDUCAÇÃO, ESTUDO E CULTURA, o prazer de rir com liberdade.

no meu tempo era assim e há coisas que nunca deixarão de ser!


amo teus comentários aqui... cutucam o meu coração.
obrigada sempre, querido.

Maria Midlej disse...

Sou dessa época. haha e que saudade dela ein. Engrçado que houve um apagão na minhcidade esse horário ontem. participei da HP inconscientemente. Nao é o máximo.. UAHUSAHSUAHSUAHSUAH rs

Ei, obrigada pela ajudinha ein, quando eu pegar um pc vou tratar de desabilitar tdo. beijão

Maria Midlej disse...

Sou dessa época. haha e que saudade dela ein. Engrçado que houve um apagão na minhcidade esse horário ontem. participei da HP inconscientemente. Nao é o máximo.. UAHUSAHSUAHSUAHSUAH rs

Ei, obrigada pela ajudinha ein, quando eu pegar um pc vou tratar de desabilitar tdo. beijão

Bbel disse...

Ah, eu simplesmente adoro a maneira como você escreve. Concordo e compartilho 'ipsis litteris' com tudo o que escreveu aqui, principalmente porque vivi esse tempo descrito aí.

Tudo parecia tão mais verdadeiro, mais intenso, menos descartável...

E para aplacar um pouco esse sentimento, cito uns versos, por que gosto de lembrá-los para não entrar numas:
"Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta. Tão boa é a sabedoria como a herança, e dela tiram proveito os que veem o sol. Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor."
(Eclesiastes 7.10 e mais alguns)

Os deuses sabiam que nos sentiríamos assim um dia...

Cheiros meus,

Neanderthal disse...

Oi Fernanda, vim aqui retribuir e agradecer o seu comentário no meu blog. Muito obrigada!
E seja sempre muito bem-vinda por lá!

Bom, eu gostei muito da sua reflexão apesar de não ocncordar com tudo. Eu devo ser do mesmo tempo que o seu, porém, um pouco mais pessimista...
Não creio que o mundo tenha mudado muito nos ultimos anos. Só acho que a velocidade com que as informações nos chegam hoje em dia nos faz pensar que as coisas não aconteciam ou eram raras anteriormente. Na verdade sempre estiveram lá, só que agora existe mais transparencia...

Não é tudo que eu gostaria de dizer, mas para quem está vindo aqui pela primeira vez, está de bom tamanho.
Beijos

Neanderthal disse...

Esqueci de dizer: Eu sou do tempo em que as crianças e adolescentes podiam andar de bicicleta nas ruas sem medo de serem roubadas! =)

Poeta da Colina disse...

O mundo a cada dia vai deixando de ser nosso.

Anônimo disse...

sou do seu tempo e sinto tanto quanto você!

adorei o novo layout

beijos,muitos

eu


(só pra vc,Jô)

Fátima disse...

Ihhhhhhhhhhhhhhh
Somos do mesmo tempo.
Faz tanto tempo esse tempo...
Estamos velhinhas , então!
Bjssssssssssssss
com carinho
uma flor pra vc
Rosa de Fátima

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Que texto lindo... me vi em cada linha. Sou desse tempo e, talvez, ainda viva nesse tempo... através da memória e das leituras que me fazem viver essas sensações - como essa coisa bela que saiu de você e nem sei explicar o que é.

XB

Rebeca Postigo disse...

Ah...
O mundo tem mudado tão rápido...
A cada dia me encaixo menos nele...

Bjs

Camila Lima disse...

Belíssimo texto, e sabe? Faço muita dessas coisas deste tempo (um pouquinho meu também!). Abraços!

Anônimo disse...

Minha nossa!
Sem demagogias desnecessárias, que blog lindo e tocante! Amei cada minuto passado aqui e já "me abanquei por estes pagos"... ;-)

Quanto a esse texto, preciso confessar que me vieram lágrimas aos olhos, sabe?

Às vezes conto aos meus alunos certas coisas e me pego falando "no meu tempo..." também... e sorrio por dentro, feliz por ter vivenciad tantas coisas lindas...

Obrigada querida elo prazer que me proporcionou a sua leitura!

Abraços, Déia

Lê Fernands disse...

andreia,
felizes de nós que pudemos viver tantas coisas boas.

obrigada pelo carinho.
seja bem vinda.







camila,
que bom.
seja bem vinda.

Lê Fernands disse...

rebeca,
muito rápido mesmo.








xandy,
bom saber que o fiz relembrar.

Lê Fernands disse...

fátima,
abafa o caso! rsrsrs








josy, linda,
somos mesmo do mesmo tempo, mas
não precisamos revelar a idade! rs

Lê Fernands disse...

poeta,
reflexivo isso.







olivia,
seja bem vinda. algumas coisas sempre existiram, mas muita coisa mudou, sim. não só a velocidade e acesso às informações estão diferentes. não há como achar que tudo parece como antes, não mesmo, discordo de vc.

seja bem vinda. ah, também sou do tempo em que brincava-se de bicicleta na rua... de onde vc acha que vieram os meus ralados nos jorlhos e cotovelos? rsrs

Lê Fernands disse...

bbel,
descartáveis mesmo.
linda passagem... os deuses sabiam mesmo.






má,
o universo conspira a favor. rsrs

Lê Fernands disse...

ana,
já eu, consigo ver aquele tempo com considerável distância.







michele,
obrigada.

Lê Fernands disse...

andressa,
verdade.
seja bem vinda.







lara,
eu nunca gostei de brincar de bonecas.

Lê Fernands disse...

adri,
depende... às vezes as pessoas esquecem do próprio umbigo e preocupam-se só com o quintal ao lado. lamentável.








erica,
acho que algumas coisas mudaram sem volta, assim como outras evoluiram e não há mais para ser como era... em consação, outras devem permanacer. equilíbrio.

Lê Fernands disse...

anônimo,
e vc uns 5? se eu tivesse 80, estaria falando de carroças e gramafones.








ch,
eu tbm fui para algumas bodas de ouro. acho que as pessoas ficam, com o passar do tempo, mais individuais e desconfiadas... pior que o amor ser descartável, é vc ser descartável. isso mata!

Lê Fernands disse...

juuh,
era muito bom!








leo,
cotovelos e joelhos... rsrsrsr

Lê Fernands disse...

hellen,
obrigada.






henrique,
não mesmo!

Lê Fernands disse...

francisco,
acredito que é uma época que não dá saudades...







suzana,
algumas coisas deixaram mesmo!

Lê Fernands disse...

oa,
e sentir saudades.






priscilla,
obrigada!

Cristina disse...

Oiiii Fê!!!
Também sou desse tempo...como não ter saudades de tudo isso,e querer que tudo volte como era antes!!!
Saudades De você!!!

Beijosssssss