muito recorrente nos seus textos as coisas que vazam pra fora e ficam uns rastros esquisitos... aquelas coisas que persistem, o tempo persistindo memorias (proust?), talvez por isso tire fotos...
"é tempo de saída/ suas cores persistem / nunca passam em branco..."
"ausência não é quando não estou lá (ou em alguém)/ é quando lá (ou alguém) não esta em mim"...
que me lembrou paul celan no livro a rosa para ninguém.
um abraço
é o peso que contém o vazio por paul celan [trans. ramonlvdiaz]
é o peso que retém o vazio que te parte e de repente.
talvez em comum nome nenhum em nossa ambivalência mútua que algum dia você também não me deixe.
[original alemão] Es ist das Gewicht, das die Leere zurückhält die mit- ginge mit dir.
Es hat, wie du, keinen Namen. Vielleicht seid ihr dasselbe. Vielleicht nennst auch du mich einst so.
holostasis, boa observação, mas não é nada relacionado a rastros. os dois, feitos em ocasiões distintas, remetem a sentidos diferentes (para mim). um, uma discussão acadêmica. outro, tempo, estações. quanto às fotos... o registro não precisa ter explicação. rsrs
entendi pensei que o contexto fosse algo semelhante ao que cartier bresson disse: “Memory is very important, the memory of each photo taken, flowing at the same speed as the event. During the work, you have to be sure that you haven’t left any holes, that you’ve captured everything, because afterwards it will be too late.”
Belíssimo pensamento. Acho que dá para fazer uma bela analogia sobre o modo que enxergamos a vida e a nós mesmos. Algum dia, todos nós vamos ser outono. Beijinhos.
Lembro de um vez em que estávamos perto de minha casa, em São Francisco, frio e era outono. Madrugada, comemos aquele cachorro quente depois de algumas vodcas, vc tirou o sapato e andou no meio das folhas que estavam na areia e disse "tá vendo? isso é outono. é renovar". Nossos momentos sempre tiveram poesia, até quando a gente chorava! Tenho saudades!
8 comentários:
Cada vez nos esconde mais o piscar de olhos.
muito recorrente nos seus textos as coisas que vazam pra fora e ficam uns rastros esquisitos...
aquelas coisas que persistem, o tempo persistindo memorias (proust?), talvez por isso
tire fotos...
"é tempo de saída/ suas cores persistem / nunca passam em branco..."
"ausência não é quando não estou lá (ou em alguém)/ é quando lá (ou alguém) não esta em mim"...
que me lembrou paul celan no livro a rosa para ninguém.
um abraço
é o peso que contém o vazio por paul celan [trans. ramonlvdiaz]
é o peso que retém o vazio
que te parte
e de repente.
talvez em comum nome nenhum
em nossa ambivalência mútua
que algum dia você também não
me deixe.
[original alemão]
Es ist das Gewicht, das die Leere zurückhält
die mit-
ginge mit dir.
Es hat, wie du, keinen Namen. Vielleicht
seid ihr dasselbe. Vielleicht
nennst auch du mich einst
so.
felipe, num é? mais um pouco e perdemos. rsrs
holostasis,
boa observação, mas não é nada relacionado a rastros. os dois, feitos em ocasiões distintas, remetem a sentidos diferentes (para mim). um, uma discussão acadêmica. outro, tempo, estações. quanto às fotos... o registro não precisa ter explicação. rsrs
bem vindo. bj!
entendi pensei que o contexto fosse algo semelhante ao que cartier bresson disse: “Memory is very important, the memory of each photo taken, flowing at the same speed as the event. During the work, you have to be sure that you haven’t left any holes, that you’ve captured everything, because afterwards it will be too late.”
Belíssimo pensamento. Acho que dá para fazer uma bela analogia sobre o modo que enxergamos a vida e a nós mesmos. Algum dia, todos nós vamos ser outono. Beijinhos.
Lembro de um vez em que estávamos perto de minha casa, em São Francisco, frio e era outono. Madrugada, comemos aquele cachorro quente depois de algumas vodcas, vc tirou o sapato e andou no meio das folhas que estavam na areia e disse "tá vendo? isso é outono. é renovar". Nossos momentos sempre tiveram poesia, até quando a gente chorava! Tenho saudades!
Beijos Julia Foz
tempo de renovação, renovar-a-ação.
dentrodabolh.blogspot.com
Flores deixam rastros
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